terça-feira, 17 de julho de 2012

Quem eram os deuses?

Nas próximas postagens veremos mais diretamente as evidências sobre os astronautas que vinham à terra e eram interpretados como seres divinos, "DEUSES". Esta interpretação era a real capacidade daqueles que ainda não poderiam compreender o que hoje temos ao nosso redor como a tecnologia eletrônica/digital; aeronáutica; engenharia espacial e física em geral. Muito assunto há sobre a Suméria e o oriente médio em geral, por ser um local de civilizações muito antigas e por isso, civilizações que testemunharam muitos acontecimentos extraterrestres o que explica tantos mitos e tantos "deuses".


A língua portuguesa usa a palavra Deus derivada do Proto-Indo-Europeu ´deiwos´ (divino) e o termo é cognato de Zeus, o maior e mais importante dos deuses gregos. Como no judaísmo, cristianismo e islamismo só se venera a um único "deus", o objetivo era ofuscar "Zeus" e substituí-lo gradativamente por "Deus", impondo o novo conceito de deus único. Tentativa inútil.

Antes de iniciarmos os comentários mais objetivos ao propósito deste blog, faz-se necessário, nesta primeira postagem, o entendimento de algumas passagens para facilitar a compreensão de certas situações e postagens futuras.

As três religiões citadas, seriam bem mais novas do que qualquer uma das religiões pagãs da europa, áfrica e da própria ásia. Com tantos mitos e deuses das religiões conhecidas, o judaísmo, cristianismo e islamismo já teriam muito "material" para se basearem e assim criarem seus próprios dogmas, mitos e símbolos.

Embora sejam hoje bem diferentes em seus costumes e tradições, as três religiões têm como patriarca a mesma figura, Abraão (pai de multidões de povos), que sai da cidade de Ur (Caldeia) por volta de 2.000 a.c. com seus seguidores, que depois viriam a receber o nome de hebreus, e que mais a frente se tornariam os ancestrais do povo judeu.

Segundo a bíblia (e não a história) Abraão era descendente de Sem e este era irmão de Cam e Jafé. Os três seriam filhos de Noé. Muito bem, isto pode ser encontrado com facilidade na bíblia, mas o que poucos sabem (com exceção de historiadores e pesquisadores) é que o mito de Noé foi copiado da antiga religião suméria, porém o homem não se chamava Noé; os acontecimentos do dilúvio não foram exatamente os mesmos narrados na bíblia; e essa crença não era monoteísta! Em resumo: MUITO foi alterado, mudado e adaptado por aqueles que seriam os seguidores de Abraão e religiões derivadas.



O livro historicamente reconhecido como o mais antigo do mundo, chama-se EPOPÉIA DE GILGAMESH ou ÉPICO DE GILGAMESH que conta um pouco sobre a história do monarca Gilgamesh, o quinto rei da cidade de Uruk após a enchente, que teria ocorrido por volta de 2.700 antes de cristo. Gilgamesh conhece Utnapishtim (em babilônico), filho de Ubara-Tutu rei de Shurrupak. Utnapishtim ou Ziusudra (em sumeriano) também foi citado no conto "Enuma Elish", um poema sumério escrito pelo menos 1.000 anos antes da bíblia. O poema conta sobre o desgosto do Deus Enlil (deus do ar, tempestades, raios e trovões) com os habitantes da região e resolve lançar sobre eles uma enchente.

Havia, porém, um deus que admirava os humanos e em especial a Utnapishtim. Seu nome era Enki (deus do conhecimento, sabedoria, das águas, dos rios e da chuva) era meio-irmão de Enlil e sob suas instruções, Utnapishtim constrói uma embarcação e nela coloca a "semente da vida" ou "semente dos seres vivos" isto poderia incluir sua família, bem como animais de estimação e também os que seriam usados para sobrevivência.
Fragmento das tábuas de argila com escrita cuneiforme onde se conta a história de Gilgamesh



Trecho do diálogo entre Utnapishtim e Gilgamesh:
Utnapashtim contou a Gilgamesh que abriu uma portinhola e soltou uma pomba. Que a pomba voou à procura de terra firme, mas não a encontrou e retornou. Contou então que soltou uma andorinha, mas o resultado foi o mesmo. Finalmente, disse que soltou um corvo e esperou. E o corvo não regressou.

- Deduzi que devia haver terra firme em alguma parte. Depois de um tempo, o barco pousou no topo de uma montanha que despontava das água. Foi aí que eu vi que os deuses cumpriram com a palavra.
- O que você viu?
- Vi Ishtar fazer brotar no horizonte um arco-íris. Agora, sempre que vejo um, sei que os deuses reafirmam seu compromisso de não destruir totalmente a humanidade.

Gilgamesh encontra Utnapishtim



Centenas de anos mais tarde, os hebreus utilizam esta história e adulteram-na de acordo com seus interesses de forma a criar um personagem patriarcal para seu povo e uma história para este. Esta seria uma das primeiras mitologias do primeiro livro (Gênesis) do conjunto denominado Torá, um conjunto de cinco livros (pentateuco em grego) ao todo que viria a ser a bíblia dos judeus.

Com o objetivo de controlar politicamente a nação hebraica, o Torá (termo de origem hebraica) é a palavra com o significado que combina LEI e ENSINAMENTOS. Seria uma cartilha para que o povo respeitasse e com isto fosse temente aos seus líderes e ao novo Deus que estava sendo criado.



Referências:
1º BURNS, Edward McNall, "História da Civilização Ocidental"
2º [Gilgamesh - Religion and Mythology / Stephen Mitchell]
3º [Enuma Elish: the Epic of Creation - Leonard W. King]
4º [Gilgamesh (new translation) - Stuart Kendall]

     

     















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